sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Moraes Moreira embala e emociona paranaenses na Corrente Cultural

Junto do filho Davi, Moraes Moreira tocou para público de 30 mil pessoas 

Por Fernanda Brisky

Uma das atrações mais esperadas no sábado (9) foi o show do Moraes Moreira, no Palco Riachuelo, em frente ao Sesc Paço da Liberdade. Um público aproximado de 30 mil pessoas prestigiou e cantou com o artista. Com um repertório montado em grande parte com músicas do álbum "Acabou Chorare", o show comoveu a plateia, que cantou em coro músicas como “A Menina Dança” e “Mistério do Planeta”. Os hits embalaram jovens, adultos e crianças. Moraes Moreira conversou com o público, declamou poemas e arriscou a saltitar no frevo, fazendo o público dançar nos diversos lugares da Praça Generoso Marques.

Sofia Fernandes Lara (29), cantora, prestigiou o show e disse que se comoveu quando Moreira tocou a música “Mistério do Planeta”. “Meu avô me ensinou a gostar dos Novos Baianos desde que eu comecei a me interessar por música. Isso me marcou bastante. Eu tinha uns 13 anos quando fazia participações cantando com meu avô, justamente a canção “Mistério do Planeta”, por isso ouvi-lo aqui me emociona muito”, comenta a cantora.

O filho do ex-integrante dos Novos Baianos, Davi Moraes, acompanhou o pai em Curitiba e falou toda vez que cantam juntos é um momento marcante. “Já tocamos em vários shows, temos vários projetos e toda vez que cantamos, tocamos juntos nos emocionamos. Sou fã do pai em tudo, ele é o cara”, afirma.

Moraes Moreira é ex-integrante da banda Novos Baianos, um conjunto musical que surgiu na Bahia em 1969. Influenciados pela contracultura e pela emergente Tropicália, marcaram a música popular brasileira e até o rock brasileiro dos anos 70. Entre outros artistas, contava com Baby Consuelo (vocal) e Pepeu Gomes (guitarra). Foi eleito pela revista Rolling Stone como o melhor disco da história da música brasileira em outubro de 2007.

Moraes Moreira trouxe para o show hits de "Acabou Chorare",
clássico dos Novos Baianos 


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Como assim, não é Star Trek?


Cinemateca possui "museu" de projetores de cinema
Como um capitão e projetores de cinema salvaram a queda de uma pauta

Por Camile Kogus

Confesso que quando cheguei na Cinemateca de Curitiba, no sábado, mais ou menos uma 14h, quase não acreditei no que eu vi, ou melhor, no que eu NÃO vi. Fui empolgadíssima para ver o Cine Trek, no qual seria exibido um dos filmes mais conhecidos de ficção cientifica, o lendário Star Trek. No entanto, quando cheguei não havia ninguém - ou melhor, para evitar o clichê jornalístico, havia alguém: um bilheteiro/guardinha super simpático que não quis falar seu nome, mas se autointitulava "Capitão 2 Estrelas".

Capitão me explicou que o filme que eu queria assistir só seria exibido à noite, lá por 20h ou 21h, e que naquele horário que eu fui ia começar a passar a animação Planeta 51. Confesso que tive vontade de ir embora. Não que eu não goste de animações, mas eu queria ver Star Trek. Antes que eu pudesse pensar em sair correndo dali, deparei-me com a curiosidade jornalística. Por todos os lados, eu via “trambolhos” que mais pareciam fornalhas gigantes, mas que, na verdade, eram antiquíssimos projetores de cinema.

Foi então que esqueci da minha vontade de ir para casa e resolvi fotografar um pouco, acompanhada do Capitão que, empolgado, me contou como todos os eventos de  ficção científica promovidos pela Cinemateca eram organizados. Entre flashs e perguntas. Capitão me contou da paixão dos fãs pelos filmes, e como isso unia  aficionados de diferentes tipos de obras do gênero. “Nos eventos, você não vê essa diferença entre fãs de Star Wars ou Stars Trek. Mas sim um grande grupo apaixonado por ficção cientifica”, afirmou o simpático Capitão da Cinemateca. Além disso, a Cinemateca também organiza outras diversas atividades em parceria com a Federação dos Planetas Unidos (grupo de fãs de Star Trek), entre elas exposições, maratonas de filmes, eventos de cosplays, e muitos outros.

Após o passeio, e de uma tentativa frustrada de convencer o Capitão a tirar uma foto, acabei tendo que embora, mas confesso que a minha “queda de pauta” não foi de todo ruim. Quem sabe outro dia eu não volte a passar pela Cinemateca pra conferir com o Capitão como foi a sessão que eu acabei perdendo.


Local conta com circuitos de filmes cult e reúne aficcionados por ficção científica

Músico paranaense Waltel Branco é homenageado em evento da Corrente Cultural

Waltel foi homenageado em 9 de novembro.
 Por Wando Pereira

Nas escadarias do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos símbolos de Curitiba, o músico e compositor paranaense Waltel Branco, 83 anos, foi homenageado por músicos e organizadores da Corrente Cultural 2013. A celebração deu início às atividades culturais planejadas para o último fim de semana, no sábado (9) pela manhã.

Na Praça Santos Andrade, cerca de 1.500 pessoas, entre autoridades e fãs, aplaudiram a chegada do músico por volta das 11h. Em seguida, aproximadamente 150 alunos da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), juntamente com cantora paulistana Rogéria Holtz, interpretaram a canção “Estrela”, umas das composições de Branco.

Para o prefeito Gustavo Fruet (PDT), a Corrente Cultural reconhece os artistas curitibanos, simbolizados este ano em Waltel Branco, um exemplo para futuras gerações. “A homenagem representa o espírito da Corrente Cultural deste ano. Esse é o sinal de que estamos dando espaço aos artistas do Paraná”, comentou ao Capital Cultura.

De acordo com o presidente da FCC Marcos Cordiolli, secretário municipal de cultura, o evento serve para que alma do curitibano se reencontre com a cultura artística da cidade. “Ao homenagear Waltel Branco, estamos homenageando todas as pessoas que vivem nesta cidade”, ressalta.

O músico Waltel Branco.
Emocionada, Rosicler Teresinha Goeder, professora da Universidade Federal do Paranpa (UFPR), conta que acompanha o trabalho de Branco desde o início de sua carreira. “Ele é  tudo: maestro, compositor, violinista, guitarrista e produtor. Momentos como essa homenagem nos traz a reflexão de como a vida passa rápido. Porém, quando  fazemos a diferença, construímos inúmeras possibilidades para  que nosso nome fique na história”, enfatiza.

Waltel Branco


Nascido na cidade Paranaguá, em 1929, em uma família de músicos, Branco despertou o interesse pela música na juventude. Formado em jazz, em Curitiba, hoje ele é reconhecido internacionalmente e é sempre lembrado como um dos principais nomes da música paranaense.

Veja mais fotos da homenagem: 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Universo em Verso Livre leva poesia e música para público da Corrente Cultural

Grupo se apresentou no Palco Ruínas no início da tarde do último domingo, no auge do movimento provocado pela feirinha do Largo da Ordem 

Apresentação da banda Universo em Verso Livre.


Por Sabrine Elise Kukla 

A banda Universo em Verso Livre subiu ao Palco Ruínas com vinte minutos de atraso, às 13h20, para tocar na Corrente Cultural, no último domingo (10). O público era formado por algumas dezenas de pessoas, entre adultos e crianças. 

O show teve duração de uma hora. Como havia pouca gente na plateia, a interação com os fãs passava um clima de intimidade com os artistas, que tocaram na Corrente há três anos. Em 2013, o repertório foi bem mais agitado, apesar dos poemas que intercalavam as canções. 

A dona de casa Maria José da Silva, 47 anos, se diz fã do Universo em Ver Livre. “Quando descobri que eles estariam na Corrente Cultural fiquei muito feliz e me programei para estar aqui”. A auxiliar administrativa Alice de Oliveira, 23 anos, também gosta muito da banda. “As músicas que eles tocam não são estilo modinha”, complementa.
Público pequeno deu clima de intimidade ao show.

O grupo é formado por nove amigos: Beline Cidral (percussão), Bernardo Rocha (voz e flautas), Daniel Farah (voz e percussão), Denis Mariano (percussão), Du Gomide (voz e instrumentos de corda), Erico Viesnci (baixo), Fernando Lobo (bateria), Fred Teixeira (voz e violão) e Jan Kossobudzki (violino). O conjunto já teve diversas formações e está no segundo CD.

Antes do show, Mariano, de 35, conversou com a reportagem sobre a evolução da banda, que começou de forma despretensiosa. “Ao longo do tempo fomos amadurecendo e ainda estamos”, disse.

Feira

Movimento na feira do Largo.
O show de Universo em Verso Livre foi o único da manhã de domingo no Palco Ruínas, já que a apresentação do Trio Quintina havia sido cancelada. O movimento na região, porém não foi baixo no período. A feirinha do Largo da Ordem, que ocorre desde 1973, recebia um número muito grande de visitantes desde 9h. 

Ana Lúcia Ribeiro, feirante no Largo há mais de 20 anos, garante que o movimento foi intenso por causa da Corrente Cultural. “Quando tem algum evento no Largo, as movimentações e vendas aumentam. Eu fiquei bem feliz. Vendi todas as minhas mercadorias!”.

Com público concentrado e curioso, o grupo Uakti e a Orquestra de Câmara conquistam gosto do curitibano

Apresentação do grupo Uakti e Orquestra de Câmera.
Apresentação despertou a curiosidade de quem foi a praça Carlos Gomes na tarde de sábado

Por Elizabeth Alves


O grupo Uakti e a Orquestra de Câmara de Curitiba se apresentaram no palco Carlos Gomes no sábado (9), misturando os sons clássicos de instrumentos como violino aos inovadores feitos a mão com canos PVC, madeira e vidro. A sonoridade inusitada trouxe leveza ao sábado ensolarado.

O show começou com atraso de uma hora, mas não desanimou o público curitibano, que aos poucos foi se aglomerando em frente ao palco. Muitos estavam um tanto quanto curiosos com os instrumentos nada convencionais que eram posicionados no palco.

A agitada praça Carlos Gomes se transformou em um cenário calmo com a apresentação que conquistou o público. Marcelo de Castro Macedo, 47, publicitário, comentou que se sentiu fora de Curitiba ao ouvir a mistura de sons do Uakti. “A praça durante a semana é sempre tão agitad! Sentir calma e serenidade nessa selva de pedras não é fácil. O som que eles produzem conseguiu me conquistar pela leveza”.

Entre curiosidade e atenção, o público acompanhou à apresentação atenta aos sons que saíam das flautas de cano de PVC, tubos de vidro com água e percussão feita à mão, além dos sons já conhecidos reproduzidos por instrumentos clássicos da Orquestra de Câmara de Curitiba.

Veja mais fotos do show:

No palco “Chega e Toca”, rappers sobem ao palco e mostram o cenário do hip hop local

No "Chega e Toca", bandas locais tiveram espaço para tocar.
Por Anne Araujo

Inconformados ao ver um palco vazio na Corrente Cultural, os rappers da banda Psicose e Amigos da Rua se inscreveram para tocar no palco Chega e Toca, montado no calçadão da Rua Monsenhor Celso, em Curitiba. Longe da programação principal, que tinha apresentação do rapper Criolo no domingo (10), seis amigos decidiram mostrar ao pequeno público e as pessoas que passavam por ali, um pouco do rap local. 

As músicas, a maioria de autoria da Psicose, traziam nos versos mensagens de mobilização e igualdade social. Junto ao DJ, os integrantes improvisaram remixes, solos de baixo e bateria. As pessoas que assistiram a apresentação persistiram até o fim, mesmo com os 29°C da primavera curitibana.

O palco é novidade na Corrente Cultural e foi instalado para gerar oportunidade aos artistas locais que estão fora do eixo musical da cidade. Durante 25 minutos, artistas de qualquer estilo tiveram a chance de mostrar um pouco do talento. Ao fim da apresentação, a banda agradeceu o incentivo à música regional e correu para conseguir aproveitar o show do Criolo, junto à multidão que lotava a Boca Maldita.

Problemas técnicos cancelam show de Trio Quintina na Corrente Cultural

Atrasos no início da apresentação e problemas no som foram os motivos do cancelamento, segundo a organização

Público esperou por 1h15 antes do anúncio do cancelamento do show.
Por Sabrine Elise Kukla


Antes do cancelamento, Tizil disse que seria "um grande show".
O show do Trio Quintina foi uma das atrações canceladas durante a programação da Corrente Cultural. A apresentação tinha início marcado para as 10h da manhã quente de domingo (10). O público, formado por dezenas de pessoas, entre crianças e adultos, esperou até as 11h15, quando o organizador anunciou o cancelamento por problemas no som do Palco Ruínas. O atraso no início também atrapalharia outros compromissos da banda.


Antes do início do show, porém, a reportagem conversou com o líder do grupo, Fabiano Silveira, o Tizil. Para o vocalista, o dia estava propício para um show bacana. Naturais de Curitiba, o Trio Quintina, formado também por Gabriel Schwartz e Gustavo Schwartz, tem 15 anos de estrada e cinco CD’s gravados. O conjunto é conhecido por tocar música popular brasileira (MPB). Apesar de serem apenas três músicos, eles se revezam no violão, guitarra, flauta, percussão, voz, cavaquinho, violão de sete cordas, sax tenor, sax alto, clarinete, flautim e bateria.

Moska e Orquestra a Base de Corda se apresentam juntos pela primeira vez

Com atraso de uma hora, o show de Paulinho Moska e Orquestra a Base de Corda trouxe inovação aos arranjos das músicas do cantor


Paulinho Moska se apresenta para o público de Curitiba.
Por Elizabeth Alves

A apresentação de Paulinho Moska junto à Orquestra a Base de Corda no último sábado (9/11) começou por volta de 17h50, mas não desanimou o  público que aguardava ansioso pela apresentação. Moska começou o show com a música ”Tudo novo de novo” e fez o público aplaudir no refrão “ vamos nos jogar onde já caímos”. Cantou canções  conhecidas como ”Calma” e “Seta” e apresentou o novo trabalho “Somente nela”, tudo com a inovação de arranjos feitos pela Orquestra a Base de Corda.

A estudante Stefannie Coutinho (16) foi acompanhada pela mãe Juliana Coutinho, professora de inglês na capital. Steffanie foi à praça somente para ver a apresentação de Moska, e disse que o músico a inspirou a fazer aulas de violão. “Gosto da forma em que ele coloca as letras dentro das  melodia. Elas sempre têm encaixe perfeito”, comenta a estudante. Juliana, mãe de Steffanie, contou à reportagem que incentiva a filha a escutar MPB e que a criou escutando Paulinho Moska.

Com público fiel - era possível encontrar pessoas chorando, idosos cantando de olhos  fechados, casais com crianças dançando e adolescentes apaixonados - os fãs de Moska aplaudiam e ovacionavam cada vez que Moska iniciava uma nova música. Antes da apresentação, em meio à multidão que aguardava o início do show, encontramos Marcelo Bittencourt, artista plástico que desenhava sozinho encostado em uma árvore da praça, cena um tanto quanto curiosa se comparada ao êxtase de alguns fãs que aguardavam a entrada de Moska cantando musicas como “A Idade do Céu”. Marcelo contou à reportagem que “qualquer lugar é um lugar para se inspirar”. E ali permaneceu desenhando em seu caderno sem pautas e amarelado  propositalmente para passar o tempo no sábado ensolarado da capital paranaense, enquanto aguardava a chegada dos músicos.

A apresentação durou cerca de 1h30. Alguns fãs a julgaram curta, como é o caso de Rita de Cassia Nickel. “Esperei tanto tempo pelo Moska e o show foi curto demais, não deu pra aproveitar”. Ao final, público e artistas foram surpreendidos com a chegada não programada do homenageado da Corrente Cultural, Waltel Branco, que fez uma pequena aparição no palco. A plateia o aplaudiu e fez um coro com seu nome, e Waltel se retirou do palco nitidamente emocionado com atitude do público.

Veja mais fotos do show:


A Cor do Som e Simone Mazzer agitam a noite de sábado no palco na Praça da Espanha

Com 36 anos de estrada, A Cor do Som lotou a Praça da Espanha
As apresentações lotaram o local e chamaram novos e antigos fãs dos artistas

Por Monica Ferreira

O grupo A Cor do Som subiu ao palco às 18h30, com 30 minutos de atraso que foram compensados em seguida pela boa performance apresentada. A banda surgiu no ano de 1977 e conta com Dadi Carvalho (baixo e vocal), Gustavo Schroeter (bateria), Armandinho Macêdo (guitarra), Mú Carvalho (teclado e vocal) e Ary Dias (percurssão e vocal). Recebidos com aplausos, o grupo cantou sucessos como “Swingue Menina”, “Beleza Pura”, “Zamzibar”, “Transe Total”, entre outros.

“Vim apenas para conferir a apresentação da Cor do Som, pois sou fã da banda há muitos anos. É um privilégio poder vê-los tocar de perto”, declara Jean Araújo, 21, estudante de filosofia. A banda também apresentou uma música que estava fora do repertório, interpretaram uma versão de “Sapato Velho”, em homenagem ao cantor e compositor Paulinho Tapajós, que faleceu no fim do mês passado em decorrência de um câncer.

Voz da londrinense Simone Mazzer atraiu público
que passava pela praça
Após o show da banda A Cor do Som, a cantora londrinense Simone Mazzer fez a última apresentação da noite de sábado no Palco Praça da Espanha. O show teve início pontualmente às 20h. Ao entrar no palco, Simone agradeceu a presença do público. “É sempre um prazer estar em Curitiba, obrigada a todos e aproveitem essa noite maravilhosa”, disse. Fizeram parte do repertório alguns sucessos como “Parece que bebe”, “Babalu”, “Mente Mente”, entre outros.

Aos poucos, a apresentação da cantora chamava a atenção de pessoas que passavam pela praça e paravam para conferir o show de perto. Marina Glober, 37, não conhecia a artista e ficou impressionada com sua performance. “Nunca tinha ouvido falar sobre ela, tem uma voz incrivelmente linda. O melhor que este evento proporciona é a chance de conhecermos novos artistas”.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mesmo com atraso, show de Lenine comove multidão de fãs na Praça Carlos Gomes


Lenine lotou Praça Carlos Gomes.
Um dos shows mais esperados encerrou a série de eventos da Corrente Cultural de Curitiba 2013
Por Julmara Mendes
Apreparação do palco e alguns problemas técnicos fizeram com que Lenine subisse ao palco da Praça Carlos Gomes com atraso de quase uma hora. Para acalmar o público já meio impaciente, o ator Claudinho Castro ficou distraindo a todos com piadas de improviso. Porém, o músico fez valer a pena tanta espera cantando seus sucessos novos e alguns mais antigos. Incansável, Lenine cantou e dançou o tempo todo acompanhado da banda composta pelo seu filho Bruno Giorgi e pelo guitarrista JR Tolstoi.

O premiado músico, ganhador de dois prêmios Grammy Latino, incendiou a plateia com sucessos como “Do It”, “Envergo Mas Não Quebro”, “Leão do Norte” entre outras. Mas, a música mais aguardada foi deixada para o final, quando Lenine já havia se despedido. Clamando pela sua volta, o público pedia “Paciência” e o cantor brindou o público com a sua mais famosa canção.

Extasiado, o curitibano Adriano Maurina (36) cantava todas as músicas na maior animação. Emocionado, Maurina diz: “na verdade, ele canta a realidade. Não é politizado e fala além da vida”. Ao seu lado, Carmem Rodrigues, sua esposa, compartilha do mesmo sentimento: “Eu acho ele muito sensorial. Quer que as pessoas plantem o bem. Para ele, a humanidade tem jeito”, resume.

Recifense, Lenine é cantor, compositor, arranjador, escritor, letrista e músico. O que pouca gente sabe é que o astro ocupa a cadeira 38 como acadêmico correspondente da Academia Pernambucana de Letras.

Veja mais fotos do show:


Ator Claudinho Castro entreteve a plateia enquanto Lenine não subia no palco.

Domingo da Corrente Cultural foi marcado por manifestação dos professores no Largo da Ordem

Funcionários da rede pública municipal distribuíram balões como forma de protesto, que exige o repasse de 30% das verbas da educação

Balões com o pedido de repasse de verbas foram distribuídos para o público.

Por Sabrine Elise Kukla

Não foi só de atrações musicais que viveu a Corrente Cultural de Curitiba 2013. Professores da rede pública municipal promoveram uma manifestação pacífica ao lado do Palco Ruínas no último domingo (10). Os professores estavam enchendo balões com ar hélio e entregando para as pessoas na plateia do palco e para os que estavam na feirinha do Largo da Ordem.

Com camisetas que estampavam as frases “30 % do orçamento para educação. JÁ. A educação de Curitiba está cansada de esperar” e “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, os professores reivindicam o governo repasse de 30% das verbas para educação. O número representa um aumento de 4% no que foi investido em 2013.

Em entrevista, a professora de educação física Gabriela Dallago, 31 anos, que trabalha há sete anos na rede municipal, relata que os professores de Curitiba têm um repasse baixo. “Recebemos apenas 26% e isso ainda é pouco para a educação”.  A profissional também faz uma comparação com o aumento de verbas para a Copa do Mundo de 2014, que será 6% a mais do que o previsto para sua área. O aumento é 12 vezes maior que o da educação.


Barraca do protesto foi montada ao lado do Palco Ruínas.

Gente Boa da Melhor Qualidade anima a plateia na Praça da Espanha

Grupo relembrou sambas clássicos ao público que
esteve na Praça da Espanha
Clássicos de Noel Rosa e Paulinho da Viola trazem o melhor do samba de raiz para a Virada Cultural

Por Monica Ferreira

O grupo Gente Boa da Melhor Qualidade - composto por Caio Marques, Guto Gevaerd, Douglas Diapp, Marcelo Costa, Marcelo Oliveira, Luciano Moser e Dalton Sakamoto - subiu no palco da Praça da Espanha nesse sábado (9), pontualmente às 16h.
Sucessos de Paulinho da Viola, Noel Rosa, Chico Buarque e Cartola foram escolhidos pelo grupo para o repertório. A banda, que completou 17 anos de carreira no ano passado, não possui canções próprias. Seu ponto forte está no setlist - montado com sambas de raiz das décadas de 30 e 50 de artistas renomados. “Nós somos 100% amadores, e não queremos sair dessa linha. Somos amigos que tocam juntos por prazer. Nos conhecemos desde a infância e nossa diversão é nos reunirmos e produzir um som de qualidade”, afirmou Douglas Diapp, que faz voz e cavaquinho para o grupo.  
Mariana Ribas, 28 anos, técnica em radiologia, estava na plateia acompanhando a apresentação do grupo curitibano que até então não conhecia. “Eu estou adorando. De todos os shows que estou acompanhando, este é um dos grupos mais animados até o momento”, disse.
Foi a primeira apresentação do grupo durante a Corrente Cultural. Diapp declarou ter ficado satisfeito com o resultado. “A organização do evento foi perfeita, não houveram imprevistos nem atrasos e o público foi muito receptivo conosco. Estão todos de parabéns por tornar esse evento um sucesso!”, disse.

Vocalista Douglas Diapp elogiou a
organização da Corrente Cultural.

Mariana Ribas (à direita) não conhecia o grupo, mas considerou o show
o melhor da Virada.

Centenas de jovens assistem ao show do Namastê

Banda paranaense de reggae foi destaque na programação do domingo ensolarado. Na plateia, teve até bandeira da Jamaica 
Banda Namastê se apresenta na Corrente Cultural.

Por Sabrine Elise Kukla 

No último domingo (10), o sol forte não impediu as centenas de jovens que lotaram a plateia do palco ruínas no Largo da Ordem o show do Namastê, evento da Corrente Cultural. Por volta de 12h, no ápice do show, fez 33°C. 

O show estava previsto para começar às 11h30, mas como ocorreu uma falha de sonorização, o início ocorreu 15 minutos depois. Logo na primeira música, o público se deixou levar pelos embalos do reggae. A vocalista Anamaria Ribeiro se destacou com carisma, agradecendo constantemente a presença dos fãs. 

A apresentação contou com um espírito de paz. Os compassos da música foram contagiantes para o público. Lucas Coelho, 19 anos, que é emissor de notas fiscais, relatou que foi ao show por ser fã de reggae. “Gosto de escutar esse tipo de música e, em especial, do Namastê, que toca muito bem”. Ele acrescenta que já esteve presente em diversos shows da banda. 

Lívia Brito, 30 anos, que trabalha com cobrança financeira, comenta que se tornou fã graças ao namorado. “Quando comecei a namorar, ele me levava para os shows do Namastê. Acabei gostando muito”. Quando questionada sobre as expectativas do show ela dispara: “o Namastê não vai decepcionar. Será como outros shows muito bons”. 

Com muito carinho, Namastê se despede das pessoas às 12h40 com um clássico do reggae “Is This Love”, do Bob Marley. No público, que incluía Lucas Coelho, uma bandeira da Jamaica passava sobre as cabeças dos fãs, que entraram em delírios. 

Bandeira sobre a cabeça dos fãs encerra show de Namastê.
Banda

O Namastê é um grupo com oito integrantes, que teve início em Ponta Grossa. Hoje, eles têm três CDs gravados, todos com influência da música jamaicana. No vocal, Anamaria Ribeiro, Lagme Raquel, no backing vocal, Eduardo Ansay e nas guitarras, Diego Bueno e Rodrigo Martins. A banda ainda tem o tecladista Wellington B. dos Santos, o baixista Rafael Minoli e o saxofonista Samuel Daher.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A tristeza que encanta

Banda curitibana Símonami encantou público que lotou o Teatro Londrina, no Memorial de Curitiba

Show da banda Símonami, na Corrente Cultural 2013.
Por Lucas Fermin

“Estão todos bem, felizes? Então vamos entristecer esse lugar”, assim disse Lay Soares, vocalista da banda Símonami pouco antes de dar início ao show. O grupo abriu a programação de domingo no Teatro Londrina, que fica dentro do Memorial de Curitiba. Ao final do show, que durou pouco mais de uma hora, mais de 200 pessoas estavam presentes, e lotando o teatro, aplaudindo a banda curitibana.

O show começou com 15 minutos de atraso, porque Lay e Lilian Soares, irmãs e vocalistas da banda, perderam o ônibus no bairro do Cristo Rei. Mas a recompensa foi grande quando entoaram seus duetos enérgicos e ao mesmo tempo melancólicos.  Parece que elas brincam com as suas vozes. Junto com a potência vocal das duas, instrumentos bem sincronizados, acordes e notas tocadas na hora certíssima. Essa tarefa fica a cargo de Alexandre Spiacci e Jean Costa, ambos guitarristas, Fernanda Maleski, tecladista, e Luis Fernando Diogo, percussionista. “O show foi emocionante. A banda é muito transparente, eles tocam o que sentem e isso causa uma grande comoção em quem ouve”, disse Andréia Carneiro, de 36 anos, que começou a ouvir a banda por causa de seu marido, um verdadeiro fã. Essa transparência foi visível quando Lay e Lilian se emocionaram ao cantar a música Soledad.
Ao longo do show, a banda tocou músicas do seu primeiro disco e do novo trabalho deles, lançado há pouco mais de um mês, o CD “Então Morramos”. O grupo existe há dois anos. No início era apenas Lilian e Jean, que gravavam vídeos e divulgavam através do Youtube. Eles ganharam destaque com o clipe e música Jóia pra Alegria, que teve grande visualização e foi um dos pontos altos do show. Alexandre Maichrowicz, de 40 anos, fez questão de acordar cedo e ir prestigiar a banda. “Já acompanho eles há mais de seis meses. Não perco o show deles por nada e hoje só vim aqui para ver eles”. No fim do show a banda desceu do palco para abraçar amigos, autografar CDs e conversar com fãs. E a tristeza do início do show deu lugar a muitos sorrisos e risos de dever cumprido. 

Veja mais fotos do show:
.

Com muita descontração e animação,banda Blitz apresenta seu show na Corrente Cultural

Evandro Mesquita apresentou
 show com hits dos anos 80

Por Luis Fernando Zandoná Salom
A banda carioca Blitz tocou na praça Generoso Marques e apresentou um repertório de vários sucessos, como “Betty Frígida” e “A dois passos do paraíso”, além de composições de outros artistas como Bob Marley. A banda tem Evandro Mesquita no vocal, guitarra e violão, William Forghieri nos teclados, Cláudia Niemeyer no baixo, Rogério Meanda na guitarra e Juba na bateria. Além das belas Andréa Coutinho e Giovanna Cursino, no backing vocal.

Ao relembrar as músicas mais conhecidas do grupo, Evandro fez uma declaração que agradou o público: “música boa não tem validade”. Na sequência, foi ovacionado por gritos da multidão.

O show bastante descontraído teve até brincadeiras de Evandro representando o papel do Paulão, interpretado por ele no seriado da Rede Globo A Grande Família. “O Tinho queria me trazer de táxi na bandeira dois. Você tá é louco!”, exclamou, para satisfação da plateia. Sob o sol de 32°C, o artista ainda brincou com o calor escaldante que fazia em Curitiba: "esqueci de pôr o protetor na minha bolsa de cosméticos”.
Após o show, alguns fãs tiveram a possiblidade de pegar o autógrafo do artista que se prontificou a atendê-los.
Veja mais fotos do show:


Evandro Mesquita atende fãs que enfrentaram calor de 32°C

Saul Trumpet, Montanari e Jazzy agitam a Corrente Cultural na Praça da Espanha

Saul Trumpet se apresenta com Montanari na Corrente Cultural.
 Por Aléxia Marina Lopes

Saul Trumpet e Montanari, dupla que está há 55 anos na carreira musical, se abriu a programação da Corrente Cultural no último sábado na Praça da Espanha, em Curitiba. A dupla apresentou um repertório de música clássica, MPB e jazz, ao som de trompete e teclado. “Para nós é um prazer poder tocar para Curitiba. A recepção é sempre calorosa”, diz Saul.

Jazzy foi uma das atrações do Palco Praça da Espanha.
A música popular brasileira foi um dos destaques na apresentação. “Garota de Ipanema”, clássico de Tom Jobim, e outras músicas encantaram os curitibanos na tarde quente. Depois de Trumpet e Montanari, foi a vez de Jazzy subir ao palco da Praça da Espanha.

Carolina de Santana Gomes, 35 anos, professora de uma escola pública de Curitiba, reuniu seus familiares para ver o show. “É muito importante essa semana de cultura porque une gastronomia com música boa. E dá para juntar a família também”.

Os shows também atraíram os jovens. “Para quem gosta de sair, assim como o nosso grupo, os shows são ótimos. Principalmente quando a música é boa e tem bastante gente”, conta Bruna Louise Machado,19 anos, que estava com um grupo de amigos no local. “A diversão é mágica e a gastronomia ajuda a chamar mais a atenção”, complementa o estudante Bruno Henrique de Oliveira, de 18 anos.

Trinta e cinco mil pessoas assistem ao show do Criolo na Boca Maldita

Show de Criolo chamou multidão para o palco na Boca Maldita
Por Camila Nichetti

Milhares de pessoas foram até o Palco Conexões, na tarde de domingo (10), para acompanhar o show do rapper Criolo. Os fãs se aglomeravam no calçadão da Rua XV de novembro, nas sacadas dos prédios, em cima de árvores e até de uma banca de jornal. No total, mais de 35 mil pessoas assistiram o show do artista.

A temperatura de 29ºC registrada na hora do show não foi suficiente para desanimar o público, que por mais de duas horas cantou em coro os maiores sucessos do artista. Gabriel Passos, de 20 anos, conta que enfrentar o calor não foi a coisa mais difícil que já fez para ver o Criolo. “Em um show que ele fez em São Paulo, eu dormi no portão do local, só para ficar mais perto da grade e ver melhor o show. Esse solzinho é moleza”.

Criolo interagiu muito com os fãs durante todo o tempo que permaneceu no palco, mas o momento mais marcante para quem estava presente foi quando pausou o show - antes de entoar o hino "Não existe amor em SP"- e pediu para que um grupo de jovens descesse de uma banca de jornal, para que não destruísse o patrimônio de outros, pois a estrutura do local corria sérios riscos de desabar. "Na humildade, nós esperamos vocês descerem para continuar. Arrumem um lugar aí embaixo, pois a vida de vocês vale mais que qualquer coisa. Legal que vocês estão curtindo o show, mas vocês não têm alvará para estar aí, ou têm?", disse o cantor, que teve seu pedido atendido rapidamente. Na sequência do show, Criolo voltou a alertar os jovens sobre o risco em cometer "pequenos equívocos".
“Isso mostra o respeito que ele tem pelos fãs”, disse Caroline Ribas Garcia, 31 anos, que acompanhava o show em uma das laterais do palco e quase não enxergava o cantor. Mesmo assim, afirmava que “é o melhor show que eu já fui na minha vida. Criolo não é só um cantor, ele é um poeta”. Os ápices do show foram quando Criolo cantou "Não existe amor em SP", "Sucrilhos", "Mariô", "Duas de cinco"  e "Subirusdoistiozin".

Veja um vídeo e mais fotos do show de Criolo:




Tiago Iorc emociona público com show da Corrente Cultural

Cantor, que lançou em 2013 seu terceiro disco, se apresentou debaixo de sol forte, o que não desanimou os fãs

Por Camila Marcos e Luiz Fernando Zandoná

No domingo (10), o encerramento da corrente cultural no palco Ruínas, no bairro São Francisco, contou com a apresentação de Tiago Iorc, que levantou a multidão, que lotava a frente do palco. O músico iniciou seu show com  a canção “Um dia após o outro”, um dos sucessos de seu terceiro CD “Zeski”, lançado em 2013 e que dá nome a sua atual turnê.

O cantor pop apresentou uma mistura de músicas em inglês e português. Os dois idiomas não atrapalharam a multidão, que coro ao cantar “My Girl”.  O público, em sua maioria adolescentes, aguardava ansiosamente a chegada de Iorc desde às 15h.

Caroline Laurentino, de 17 anos, passou mal por causa do calor, mas não desistiu. “Estou muito feliz. Mesmo com insolação, eu aguentei para ficar bem na frente para curtir o show que estava muito lindo.” Ela se emociona ao afirmar que Iorc leu um cartaz que fez durante o show. “Eu escrevi, em uma folha de caderno mesmo, ‘Tiago vem abraçar agente’. Ele leu e sorriu.”

Comunicativo, Tiago Iorc levou ao delírio seu público quando fez uma homenagem a Renato Russo, com uma versão emocionante de “Tempo perdido”, sucesso do Legião Urbana.


Ao se despedir, os gritos de “mais um”, que dominaram o Largo da Ordem, fizeram com que o artista voltasse ao palco para cantar novamente “My Girl”. Ele finalizou o show com “Quase sem querer”, também assinada por Renato Russo. A música levou seus fãs a se emocionarem. Depois do show, Iorc recebeu algumas pessoas em seu camarim.

Veja mais fotos do show: