terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Exposição no MusA homenageia Adalice Araújo

Fachada do MusA. Crédito: UFPR.
Com entrada franca, exposição apresenta uma das maiores críticas e pesquisadoras de arte no Paraná, representada por 14 obras no Museu de Artes da UFPR

Por Sara Erthal

Entre os dias 25 de setembro e 21 de novembro de 2014 esteve aberta uma exposição  no Museu de Artes (MusA) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para homenagear Adalice Araújo. Pesquisadora fundamental para quem pretende refletir sobre a arte paranaense. A mostra foi realizada a partir das pesquisas do projeto de iniciação científica junto ao acervo de seus textos críticos arquivados no centro de pesquisa e documentação do museu de arte contemporânea e nas reflexões levantadas nas disciplinas de “crítica de arte”, no curso de artes visuais da UFPR.

O museu expôs 
14 obras de artistas que tiveram suas carreiras comentadas pela crítica de arte Adalice Araújo. A exposição “Visita guiada – A coleção do MusA e a crítica Adalice Araújo” tem curadoria de Paulo Reis, professor do Departamento de Artes da UFPR. Entre os organizadores estão os estudantes pesquisadores: Evelly Caroline Rodrigues, Laryssa Paula Setim, Tatiana Kozak, Luisa Ferreira Gusi, Bruno Ferreira, Fernanda Roberta de Oliveira, e Allana Schoemberger.

Com trechos de críticas selecionados por estudantes que acompanham as obras, a exposição conteve um texto de explicação do desenvolvimento da arte no Paraná e a biografia da pesquisadora. Adalice Araújo nasceu em 18 de setembro de 1931 e faleceu dia 8 de outubro. Cursou Belas Artes e foi poeta, artista plástica e historiadora. Hoje, ela é considerada uma das maiores críticas de arte no Brasil.

Em uma entrevista para a Universidade Federal do Paraná, Paulo Reis ressalta a influência da artista na arte. “A importância da Adalice, para ser bem sintético, é de alguém que escreveu cerca de mil textos que eram publicados todos os domingos nos jornais de Curitiba entre 1969 e 1993. Ela produziu uma crônica dos acontecimentos relacionados à arte, uma reflexão sobre muitos artistas, é um material fantástico, acho que é um caso muito peculiar não só em Curitiba, mas mesmo se pensarmos no Brasil”, afirma.

As obras presentes são de Mário Beckmann Rubinski, Leonor Botteri, Waldemar Curt Freyesleben, Ida Hanemann, AlAlfredo Andersen, Miguel Bakun, Letícia Faria, Frederico Longe, Guido Viaro, Fernando Velloso, Antônio Arney, Fernando Calderari, Estela Dandrini e Dulce Osinski.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Emicida fortalece a cena do rap nacional em show da Virada Cultural de São José dos Pinhais

Fãs de Emicida discutiam show durante apresentação do Rashid.
 Por Adeline Bordin

Um dia antes do show, Emicida já estava deixando a galera empolgada. Enquanto esperávamos pela apresentação do também rapper Rashid na Boca Maldita no sábado, ouvia-se os comentários: “Hey mano, você vai amanhã no Emicida, né?”. “Pô, nem sabia que ia rolar, onde vai ser?”. “Vai ser em São José dos Pinhais”. “Vamo ter que ir, né?”. E foram mesmo. Os encontrei no dia seguinte cantando fervorosamente todas as músicas entre garrafas de tubão e cigarros de maconha. 


Pois é, se você tem problemas com a maresia, show de rap não é melhor lugar para se estar. Nem mesmo a polícia parecia se incomodar com a presença dos baseados. Aliás, durante o show do Rashid, o módulo móvel da polícia militar que estava o dia todo ali no palco da Boca Maldita, simplesmente se retirou. E adivinhem? Não houve registro de briga ou algo relacionado em nenhum dos dois shows. Talvez seja mesmo hora de parar e refletir, como tanto pede as letras de vários raps. Será que não é hora de descriminalizar? 

A cabelereira Bruna Collares levou sua irmã Maria Helena de 10 anos pra ver o rapper. "Adoro a intenção desse evento. Integrar crianças nesse meio de cultura, arte, música e dança é fundamental", diz ela. A iniciativa de ver o show partiu da própria Maria Helena, que usou como argumento o fato de o show ser durante o dia, portanto sem restrições de idade. A estratégia deu certo e as irmãs estavam lá, super empolgadas quando Emicida subiu ao palco, às 17h, de domingo (16).

No palco Conexões, ele cantou músicas do álbum "O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui". Teve até participação especial da rapper americana Akua Naru.

No ônibus, durante o trajeto pra Sâo José dos Pinhais, conheci um grupo de adolescentes que saíram de Pinhais para ver o show. Não acostumados a passear por outras áreas da região metropolitana, eles já haviam se perdido entre terminais e conexões e estavam apavorados com a possibilidade de não assistirem ao ídolo cantar Ubuntu, a canção favorita de vários deles. Por sorte, os fãs chegaram a tempo, e quase no final do show. Quando Emicida a cantou, estavam todos lá, sorridentes num misto de êxtase e devoção. "Axé pra quem é de axé, pra chegar bem vilão, independente da sua fé, música é nossa religião."

Cultura mexicana é apresentada na Corrente Cultural

Apresentação do grupo Xetumpe.
O evento promovido pela Prefeitura de Curitiba trouxe para o público diversas atrações gratuitas, como shows e apresentações de danças



Por Amaní Cruz


No sábado e no domingo, no Memorial de Curitiba, ocorreu a apresentação do espetáculo “OaxacaMágico, dança e colorido” do grupo Xetumpe. Vindos diretamente do México, o grupo realizou duas demonstrações diárias, às 10h e às 14h. 

De acordo com o fundador Nivardo Vásquez Martínez, o nome Xetumpe significa “o que convive e dialoga expressando seu talento artístico através da dança e da música para divertir e transmitir alegria para quem assiste as festas”. Fundado em 2004, o grupo é composto por 12 voluntários que vivem na comunidade de Santa Maria Tlahuitoltepec. 

O objetivo da companhia é usar a dança para difundir e fortalecer as diversidades culturais que existem no México. Rodrigo Gonzáles, 27 anos, é ex-dançarino e acompanha as apresentações contando um pouco mais sobre o espetáculo. “Cada dança tem um significado, que geralmente trazem um pouco da história vivida no território mexicano. Tudo apresentado ali envolve cores e objetos que significam um ganho ou perda na história cultural".


Em sua última apresentação na Corrente Cultural, o grupo de dança contou com aproximadamente 50 pessoas no público, que se acomodaram nos espaços próximos ao palco instalado no Memorial. A arquiteta Juliana Buzetti, 25 anos, conta como chegou até o local da apresentação. “Eu não sabia que tinha essa apresentação, vim ao Largo hoje para sair um pouco de casa e vi as movimentações no Memorial quando passei na frente. Entrei para ver do que se tratava. Então, disse ao meu marido que queria ver toda a apresentação e fiquei”.


O antropólogo Marcelo Buzetti, 28 anos, acredita na relevância da atração cultural. “É importante para a cidade receber eventos como este, ainda mais sem precisar gastar nada. Saber um pouco mais sobre outras culturas é enriquecedor. Essa aproximação é uma oportunidade que talvez não se repita”.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Banda Djoa leva público de diferentes idades às Ruínas de São Francisco

Grupo se apresenta pela primeira vez na Corrente Cultural.
Por Mayara Cardoso 

Durante o show da banda Djoa na Corrente Cultural, o público pode curtir um pouco de rock and roll e aproveitar o sol que cobriu a cidade no domingo (16). A apresentação começou às 14h, nas Ruínas de São Francisco, no Largo da Ordem.

Composta por quatro integrantes, a banda autoral foi formada em 2012. No show, ela aproveitou para divulgar seu novo disco, que foi distribuído gratuitamente para o público presente.

No local, dezenas de pessoas acompanhavam a atração. A grande maioria era composta por jovens. Entretanto, havia exceções como a administradora Mirelle Bortollotti, 54 anos, que estava acompanhada da mãe, Claudette Bortollotti, 81 anos. As duas vêm de uma família de músicos. 

Mirelle revelou ao Capital Cultura que adora todos os tipos de arte e que está presente sempre que pode participar de atrações culturais. Para a administradora, Curitiba está bem servida culturalmente. "Para mim, todos os meses deveriam ter Corrente Cultural. Seria maravilhoso!"

A estudante Priscila Iurk, 15 anos, conta que ficou sabendo dos shows pela internet. O da banda Djoa, porém, foi o primeiro que decidiu conferir. "Estava passeando com a minha amiga. Vimos a movimentação e paramos. Estou achando ótimo. Principalmente para quem gosta de rock, como nós."

A jovem também falou sobre a qualidade das bandas, algo inesperado quando se fala sobre shows gratuitos de grupos desconhecidos. "Pena que hoje é o último dia de shows. Amanhã, quando chegar no colégio, contarei para os meus amigos o quanto é bom", brinca. 

Após uma hora de apresentação, a banda despediu-se do público, que gritava pedindo por mais músicas. Antes de o vocalista deixar o palco, ele cantou a famosa saideira. Para nossa equipe de reportagem, o líder da Djoa Gabriel Henrique da Silva conta que os integrantes da banda são amigos desde os tempos de colégio e que todos tinham experiência em outros conjuntos. 

Para o vocalista, um evento como esse é fundamental na cidade. "Temos muita coisa boa em Curitiba. Precisamos disso para a sobrevivência da cultura por aqui. É preciso investir mais nisso e continuar dando oportunidade aos artistas locais."

Gabriel também contou que, no começo de dezembro, eles começam a gravar o segundo CD da carreira. O disco é financiado por um prêmio do Festival da Kaiser, que foram vencedores este ano. O novo álbum tem produção de Tom Saboia, conhecido por ser o produtor d'O Rappa.

Veja mais fotos da apresentação:


Banda Sapato Furado agita curitibanos ao som de samba de gafieira

Sapato Furado se apresenta na Corrente Cultural.

Por Bruna Oliveira e Elisvania Dantas


A banda Sapato Furado animou o domingo (16) ensolarado da Corrente Cultural, no Palco Ruínas, no Largo da Ordem. O clima foi de muita festa e harmonia entre o público, apesar dos atrasos entre as atrações. Durante a manhã, o samba de gafieira agitou um público formado por pessoas de todas as idades. Casais dançando juntinhos era o que mais se via nas arquibancadas do espaço. Vendedores de água e cerveja aproveitavam o calor para lucrar com a plateia.

As amigas Ana Maria, 59 anos, e Nangela Nasser, 66 anos, se divertiam juntas ao som de Sapato Furado. Alegres e com as canções na ponta da língua, as duas ficaram contentes com o show. É a banda favorita da dupla. “Adoramos esse ritmo musical de samba de gafieira. Sempre que podemos, estamos envolvidas nos shows desses rapazes. A Corrente Cultural é sempre bem vinda aqui em Curitiba e em qualquer lugar. Aliás, a prefeitura deveria fazer esses eventos outras vezes no ano , afirmam.


O repertório do grupo lembrava aos presentes um clima caroca, com composições clássicas do Rio de Janeiro. Sapato Furado é um grupo composto por 7 integrantes: Clayton Silva, no trombone; Marco Aurélio, no saxofone e flauta; Fábio Abu, no trompete; Thiago Duarte, na guitarra; Luís Rolim; no baixo; e Ricardo Salmazo, no vocal e na percussão.

Ao Capital Cultura, o vocalista Ricardo Salmazo revelou que essa foi a primeira vez em que participou da Corrente Cultural com a banda. ”Estou muito feliz de estar participando do evento. Achei tudo muito organizado e espero voltar mais vezes."

O casal Bruno e Patrícia também parecia feliz com a apresentação do Sapato Furado. No local desde às 10h da manhã, eles pararam de dançar para tomar água. “Eles cantam muito. Somos fãs desse grupo", disse ele, antes de voltar ao bailado.


Bruno e Patrícia dançam ao som do Sapato Furado.

Leonardo Damião e Banda apresentam jazz à brasileira

Grupo abrasileirou o jazz para a plateia durante o sábado da Corrente.
Banda de Paranaguá, formada por cinco integrantes, tocou apenas musicas próprias em apresentação no Palco Ruínas da Corrente Cultural

Por Marcelle Nogueira


Por volta das 13h30 de sábado, Leonardo Damião e Banda subiram ao Palco Ruínas para apresentar um repertório de músicas autorais. O show do grupo, formado por 5 artistas residentes em Paranaguá, teve a adesão de cerca de 60 pessoas, que assistiam à atração sentadas na plateia do ponto turístico do bairro São Francisco. 

A apresentação foi repleta de composições do vocalista, Leonardo Damião, em um ritmo que ele denomina como Jazz Brasil. Durante o show, o líder da banda explicou que o ritmo, oriundo da Califórnia, chegou ao país pelo nordeste. Nas composições, o músico fala sobre o nosso país e suas as peculiaridades.

Damião se apresenta na Corrente Cultural a convite da Fundação Cultural de Curitiba. A banda já havia se apresentado no Jardim Botânico no projeto “Música nos Parques”. "Acabei caindo nas graças do povo, o que anda me rendendo mais convites”, revela. 

No público, Sonia Matos, 32 anos, conferia o show animada. Moradora de Curitiba há apenas duas semanas, ela diz que considera a Corrente Cultural como algo bacana para se ambientar e conhecer culturas. Ela soube do evento pelo Facebook e decidiu conferir alguns shows. "Fui assistir ao show Elza Soares e acabei vindo parar aqui, pois me identifico muito com o jazz. É um estilo que eu gosto muito. Estou adorando essa banda!”

Apresentação ocorreu no início da tarde de sábado na Corrente Cultural. 


domingo, 23 de novembro de 2014

Mostra d’Arte 2014 exibe pinturas de antigos alunos do espaço Dante Alighieri

Busto de Dante Alighieri é uma das atrações da exposição.
Por Angélica Pimenta

Com o apoio da Corrente Cultural de Curitiba, a "Mostra d’Arte 2014" apresentou uma exposição composta por pinturas de diversos artistas que passaram pela escola de pintura Dante Alighieri no centro da cidade. "Cada quadro tem uma história", conta Valéria Visioni, recepcionista da exposição.

Um dos quadros mais importantes da mostra é o de Ida Hannemann de Campos, uma artista que hoje está com 92 anos. Pintora, desenhista e tapeceira, a artista foi aluna de Guido Viaro, em 1942. Quando tinha aproximadamente 80 anos, pintou o quadro chamado de ‘’O encontro de Dante e Beatriz no paraíso’’. Valéria conta que, quando jovem, Dante foi muito apaixonado por sua namorada Beatriz, que morreu muito nova. O sonho do escritor italiano era encontrá-la novamente no paraíso. 

Ida fez a pintura retratando o encontro do casal no paraíso. A obra tem destaque especial na exposição. 

Aos visitantes, Valéria também falou sobre a história de mais dois dos quadros presentes na exposição. Um deles foi feito retalhos da vida do pintor e poeta Marcos Lozza, misturando tecido e tinta. A tela da artista Dirce Polli, por sua vez, retrata uma imagem que lhe veio em sonho. A pintura apresenta uma espécie de céu, com anjos em nuvens cor-de-rosa e mulheres tocando harpas.

Muitos quadros belíssimos compõem a exposição e não teria como falar de cada um deles aqui. Mas cada artista e cada quadro fazem parte da história sonhada pelos fundadores do espaço de Dante Alighieri. Segundo Valéria, transformar a escola de pintura em um grande centro cultural foi um sonho realizado. Hoje, o grande edifício na Desembargador Westphalen é usado para formar artistas nas áreas de teatro, pintura, canto e para o ensino da língua e da cultura Italiana.

Para quem quer conhecer um pouco mais sobre Dante Alighieri, a exposição vai até o dia 21 de novembro, de segunda a sexta, das 10h às 19h. Aos sábados e domingos, o horário é das 11h às 18h. Endereço: Rua Desembargador Westphalen, nº 15. 

Vista geral da exposição de pinturas do Dante Alighieri.

Banda Confraria da Costa traz som bucaneiro para a Corrente Cultural

Confraria da Costa se apresenta com atraso no Palco Riachuelo.
Por Cristieli de Oliveira Cordeiro 

No último sábado (15), o palco Riachuelo recebeu o show da banda curitibana Confraria da Costa, composta pelos tripulantes Ivan, Marcello, Pantaleoni, Abdul, Roger, André e Jhonatan. Programado para chegarem às 16h, a banda teve um atraso de 1h40. O atraso ocorreu por causa da banda que se apresentava anteriormente, que ocupou um tempo maior do que o estimado para a atração.

Ao som bucaneiro, a banda curitibana tocou músicas dos álbuns "Confraria da Costa" (2010) e "Canções de Assassinato" (2012). Apesar de não ser tão conhecida, a banda já conquista fãs. “Conheci a banda na Virada Cultural do ano passado. Depois disso, comecei a acompanhá-la porque gostei do estilo que eles tocam”, diz Rafael Blaffert, 35 anos, que mora em Curitiba há três anos.

Para deixar um gostinho de curiosidade nos fãs a banda tocou a nova música “Companhia Canalhas”. Mesmo sendo inédita, a composição animou o público. A canção faz parte do novo trabalho da banda, que será finalizado em 2015.

O baiano Isaac dos Reis Borges, 27 anos, que estava de passagem pela cidade, diz que gostou das apresentações e da iniciativa promovida pela Prefeitura de Curitiba. “É a primeira vez que participo da Corrente Cultural. De onde venho, não existem eventos culturais desse tipo. Amei a oportunidade que artistas não conhecidos têm de se promover” relata. Em 2012, o grupo Confraria da Costa se apresentou no Largo da Ordem.

Cidade Negra encerra noite de shows com atraso de quatro horas

Cidade Negra se apresenta para cerca de sete mil pessoas na Corrente Cultural.

Por Veridiana Toledo

A banda nacional Cidade Negra, composta por Toni Garrido, Bino Farias e Marcos Lazão, encerrou a rodada de apresentações do sábado (15) da Corrente Cultural. Programado para chegarem ao palco da Boca Maldita às 22h30, o show teve um atraso de duas horas e quarenta minutos além do previsto.

De acordo com produção do evento, o atraso começou no show da cantora Elza Soares, iniciado às 11h30 com previsão de término às 12h. Porém, a programação avançou do horário chegando às 13h10, ocasionando atraso em toda a programação do evento que era gratuito ao público. 

Para a cabeleireira Darci Sampaio, 52 anos, o show era aguardado com animação e entusiasmo, pois a banda tem um ritmo envolvente. Junto com sua filha Victoria Karoline Sampaio Castro, estudante, 18 anos, assistir ao show não significava ser exatamente fã da banda, “a música deles me lembra momentos familiares.”

O público esperava ansiosamente pela banda e pedidos acalorados para a abertura do show eram ouvidos repetidamente pela produção do evento. Da plateia, era possível ouvir ironias sobre como a banda e os organizadores estavam de parabéns pela pontualidade. “O pessoal já estava quase perdendo a paciência, muita gente reclamou e foi embora. Mas houve também quem permaneceu e depois que o show começou foi muito divertido” diz cabeleireira, que aguardava animada a chegada da banda.

Fãs que aguardavam próximo ao camarim tiveram a surpresa de o vocalista Toni Garrido ir ao seu encontro, proporcionando um contato mais próximo do ídolo. Justificando a demora para começar o show, Garrido comentou que a banda estava no hotel desde às 16h aguardando o momento de entrar no palco. Com toda a demora que ocorreu no evento, sua banda também teve de se atrasar. Antes do show ele agradeceu o carinho do público.  

O grupo se apresentou com sucessos como “Onde você mora”, “Querem meu sangue” e “Doutor”. Cidade Negra recompensou a platéia pelo atraso esquentando a noite curitibana. O show encerrou com a música “Tempo Perdido”, da banda Legião Urbana. De acordo com a organização do evento, o público presente era estimado em sete mil pessoas.

Veja mais fotos do show da banda Cidade Negra:

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Rapper Rashid domina em show na Boca Maldita

Fãs se aglomeravam por um clique do ídolo rapper. 
"Gratidão!" Foi assim que o rapper Sabotagem incentivou o rapper Rashid a sempre seguir em frente, quebrando as correntes,  com liberdade para alma e liberdade para mente

Por Noele Dornelles

"Satisfação família!", disse o rapper Rashid depois de uma hora e meia de atraso e mais de 100 mil pessoas ansiosas pelo seu show na Boca Maldita. A expressão abriu uma das maiores atrações da programação de sábado da Corrente Cultural de Curitiba. Depois de nove anos sem pisar na cidade, o artista mostrou a que veio, levando a multidão ao delírio com suas letras. 

Ao som de sua mais recente música "Virando a Mesa", a mensagem para o público: "o importante é levantar a cabeça". O rapper Mazon, 19 anos, ouvia com atenção. "O Rashid é uma inspiração para desenvolver minhas letras e levar palavras de incentivo”, confidencia.

Em vários momentos do show, o rapper brincou com a plateia. Em um determinado momento, perguntou se tinha alguém de outro país. Um jovem respondeu, aos berros, que sim. Duvidando do sotaque, Rashid questionou:

- Você é de que país?

- Jurerê

- Pô mano, as aulas de geografias deviam estar chatas. 

A plateia do show de Rashid.
A frase levou a plateia ao delírio. Formado por crianças e idosos, o público mostrava empolgação diante do rap. A pequena Raquel Freitas, 9 anos, veio acompanhada da mãe e da irmã. Fã do rapper, ela diz que acha esse tipo de show "muito legal", mas que era engraçado ver todo mundo levantando e abaixando a mão ao som da música. “Eu queria entender por que eles faziam esse movimento”, questionava a jovem. 

Ao fim do show Rashid tirou um selfie com a galera e ainda deixou claro que volta logo para Curitiba. Nos bastidores, o artista parecia tranquilo. Agradecido pelos fãs que lotaram a Boca Maldita. “Quando entrei e vi a multidão, me animei a fazer um grande show." 

O rapper falou sobre a escolha de seu nome artístico. “Antes, eu era o Michel, mas não ficava legal,. Depois, fui o Moska em uma parceria com o Projota. Quando acabou, resolvi ser Rashid. É uma palavra árabe que significa ser justo e verdadeiro. É isso que tento levar aos meus fãs, que devemos sempre ser verdadeiros e justos nessa sociedade em que vivemos." 

Veja o álbum com fotos do artista publicado no Facebook:


Apresentações de Escola de Dança e Folclóricas marcam o último dia da Corrente Cultural

Grupo folclórico mexicano se apresenta na Corrente Cultural.
Por Evellyn Heloise e Thays Zeni

Esse último domingo (16) foi marcado pela grande presença do público em frente aos palcos da Corrente Cultural. O evento contou com shows, danças folclóricas, apresentações das Escolas de Dança de Curitiba além da tradicional Feirinha do Largo da Ordem.

O Curitibaila, com apresentações das Escolas de Dança da cidade, começou por volta das 10h da manhã se estendendo até meados do meio dia. O palco que recebeu as apresentação estava localizado nas Ruínas do São Francisco e lotou o local destinado aos visitantes. No sábado, a programação da atividade ficou concentrada na Casa Hoffman.

Já no Memorial de Curitiba, o Festival Oxaqueña prendeu a atenção dos curitibanos e apreciadores do folclore mexicano. Das 10h às 14h, os espectadores puderam apreciar danças típicas desta "tribo", além de uma exposição rica em cultura trazida pelos próprios membros da comunidade. 

O público em geral saiu satisfeito das apresentações. O casal Anedino e Emilia Barbosa marcam presença em praticamente todos os eventos culturais da cidade e parabenizam os responsáveis pela Corrente. "Sensacional, gostei muito das apresentações. Esses grupos folclóricos deveriam vir sempre para a Cidade, parabéns aos responsáveis . Todos tinham que vir assistir, por que é incrível, é lindo.", completou o casal que assistiu as apresentações no Memorial de Curitiba. 

Quem também prestigiou o grupo Oxaque nã foi o Prefeito Gustavo Fruet, que caracterizou o evento como um fator de divulgação da cidade. "A Corrente Cultural também é um fator de atração para visitantes, mas principalmente o fator de mobilização da classe artística local para procurar dar visibilidade aos artistas aqui de Curitiba", comentou à reportagem.


Veja mais fotos do clima da Corrente Cultural no domingo:

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Grupo mexicano rouba a cena no Memorial de Curitiba no domingo

Integrantes do grupo Xëtumpë posam para foto no Memorial de Curitiba.
Por Camila Babeto

O Grupo Xëtumpë marcou presença na Corrente Cultural 2014, com duas apresentações no domingo (16) no palco do Memorial de Curitiba. O projeto é conhecido como Corrente Mexicanista e tem como objetivo difundir a cultura mexicana. O grupo recebe apoio do Governo e da Embaixada Mexicana para realizar as apresentações. A equipe já esteve em Brasília e Rio de Janeiro.

O projeto foi fundado em 2004 por Nivaldo Vásquez Martinéz e é composto por jovens voluntários da comunidade de Santa Maria Tlahuitoltepec. Segundo Martinéz, todos trabalham em outras atividades e usam os fins de semanas para ensaiar as apresentações. Xëtumpë significa “o que convive”.

Para Martinéz, expressar o talento artístico por meio da música e da dança é a maneira que eles encontraram de transmitir emoção. “Queremos alegrar as pessoas mostrando a nossa cultura, vestimentas, danças, músicas e gastronomia, queremos que as pessoas conheçam um pouco mais do México por meio das nossas apresentações.”

O gerente de contas Marcos Silva mora em Campo Mourão e está em Curitiba a passeio. Ele foi uma das muitas pessoas que estiveram no Memorial prestigiando o grupo. “Pretendo ir a Cancún no México no próximo ano e quando soube da apresentação fiquei muito interessado. Foi um prazer antecipar nessa apresentação muito do que espero presenciar em minha viagem."

Veja trechos da apresentação:




Curitibaila 2014 traz movimento ao Centro Histórico

Participantes do projeto Curitibaila posam para foto do Capital Cultura.

Por Franciele Fries

Nem o clima nublado da manhã de sábado (15) conseguiu desanimar os mais de 300 participantes do CURITIBAILA 2014. Entre os estilos trazidos para o evento durante a Corrente Cultural, estão o forró, a gafieira, dança de salão, zouk e tango, ensinados nos três andares da Casa Hoffmann, no Centro Histórico de Curitiba. As aulas têm uma hora de duração e nelas é possível aprender passos usados pelos dançarinos profissionais das modalidades.

Segundo a professora de dança de salão, Mariana Oliveira, “há um apelo cultural que acaba trazendo um público diferente. Através da Corrente Cultural, nós conseguimos divulgar a dança de salão para essa prática que está começando a ganhar força em Curitiba”. Além dela, o estudante Christopher Ferreira e a psicóloga Lidia Vasti também prestigiaram o evento. “Nós já dançamos e somos apaixonados pela música. Com esse tipo de evento, a população curitibana só tem a ganhar”, disse Lidia.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Veja como foi a cobertura da Corrente Cultural pelo projeto Capital Cultura Mojo

O projeto Capital Cultura Mojo realiza, desde 2013, uma cobertura em tempo real da Corrente Cultural de Curitiba. Este ano, uma equipe de cerca de 10 repórteres esteve nas ruas durante o sábado e o domingo para mostrar ao público como foi a programação do evento, que tem shows, oficinas e feiras gratuitas para agitar a cidade. 

Parceiro do Capital Cultura, o Mojo tem como objetivo valorizar os eventos locais na cena cultural a partir do conceito de jornalismo móvel (mobile journalism). O produto laboratorial do curso de Jornalismo das Faculdades Integradas do Brasil tem seus conteúdos feitos exclusivamente para o Facebook. Com coordenação geral da professora Elaine Javorski, a cobertura faz parte da rede jornalística do Capital da Notícia.

Veja como foi a cobertura da Corrente Cultural 2014 pela equipe do Capital Cultura Mojo:



















Feira gastronômica anima o público na Corrente Cultural durante o sábado

A Linguiça de Aracaju chamou a atenção do público na Corrente Cultural. 
 Por Felipe Marques

O sábado da Corrente Cultural teve um público animado pelos shows e por um cardápio com comidas de diversas partes do mundo. No centro de Curitiba, dois palcos alteraram a rotina da cidade. Na Rua Travessa Oliveira Belo, uma feira com pratos variados foi o que chamou a atenção das cerca de 100 pessoas que estavam no local. 

A atração apresentava receitas internacionais como nachos, cachorro quente, costela do Rio Grande do Sul e um tradicional macarrão italiano. Até os sergipanos tiveram destaque na feira. 

Um dos funcionários do restaurante Colarinho, Mauro Fontana, de 45 anos, contou como é o preparo da Linguiça de Aracaju. “Entre os ingredientes estão a picanha, alcatra e contra-filé. É uma linguiça natural de Aracaju que vem do Sergipe. Nós deixamos ela marinada durante dois dias, junto com laranja e Maracujá”, disse Fontana.

O visitante Paulo Roberto, que frequenta a Corrente Cultural pela segunda vez, contou que o evento melhorou bastante em 2014, mas que ainda peca na falta de sinalização. “Eu estou aqui participando pela segunda vez, mas ainda me sinto perdido para me localizar aqui no centro. Hoje na feira de gastronomia da Rua Monsenhor Celso não teve nada. O site da Corrente informava que haveria, mas são ajustes que só com o tempo muda".

O Objetivo da Corrente Cultural, que se iniciou em 2009 é unir o máximo de instituições públicas e privadas, com artistas de sucesso e iniciantes. A programação ocorreu entre os dias 9 e 16 de novembro.

Veja mais fotos da Feira Gastronômica na Corrente Cultural:

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Veja um vídeo sobre a feira de quadrinhos da Gibicon


Gastar dinheiro na segunda edição da Gibicon - Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba era algo relativamente fácil. Durante o último fim de semana, o evento contava com uma feira de encher os olhos de qualquer fã de HQs e cultura pop. Nossa repórter Giovanna Tortato levou o sobrinho às compras e o resultado da experiência você confere neste vídeo, com imagens e edição de Gabriella Maciosek e Gabriela Stall.

Mesa debate a produção profissional de tirinhas

Chargistas discutem formato de tiras na Gibicon. 

Discussão reuniu profissionais que trabalham em jornais e na internet. Autores comentam dificuldade do formato e como conseguir sucesso nessa área


Por Altair Silva

Um dos debates da Gibicon - Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba foi dedicado às tiras - formato menor de quadrinhos que resume um assunto ou contexto da atualidade. Como participantes presentes estavam os chargistas Benett, que trabalha para a Gazeta do Povo e para o jornal Folha de São Paulo, Carlos Ruas, blogueiro no site Um Sábado Qualquer, Pryscila Vieira, Luli, Fábio Coala e Vitor Cafaggi.

Os autores falaram sobre o espaço que se tem para trabalhar com tiras no Brasil. “Há muita diversidade. Hoje em dia a gente tem acesso a tudo com mais facilidade, e é assim para o autor. Sou bem otimista”, comenta Cafaggi

Pryscila Vieira, chargista da Folha de São Paulo, diz para os iniciantes na área investirem no próprio traço e ter determinação. "Mostre os trabalhos aos editores, participe de concursos e os exponha na internet.Faça tudo que puder. Mesmo que não dê dinheiro, faça por vontade, por gostar. Mesmo que não goste de rede social, crie contas para poder divulgar seu trabalho."

Carlos Ruas, blogueiro do site Um Sábado Qualquer, diz que é difícil fazer charge diariamente, pois você tem que pensar muito e a charge tem que sair de qualquer jeito. Portanto, a pressão e a cobrança fazem parte. Por isso, ele procura aproveitar o máximo seu tempo. Ruas fala que costuma agilizar seu trabalho. "Eu vim de avião para cá [ele é do Rio de Janeiro], fiquei meia hora no aeroporto e pensei em fazer tiras. Nesse tempo, criei cinco. Fiz para a semana inteira”.

Já Benett, com muito humor, comenta sobre como faz para ganhar tempo. "Uso um método bem cretino para isso. Hoje, por exemplo, eu mandei para o jornal uma bem antiga, de 2009”. Indagado sobre se algum leitor percebe quando ele envia uma charge repetida, ele disse que até hoje nunca aconteceu.

Quadrinistas lançam gibi sobre bullying na Gibicon

Público confere lançamento de HQ sobre bullying na Gibicon. 
HQ foi escrita por Rafael Camargo, Rafael Bonfim, Kleber Santos e Paco Steinberg, que participaram de uma mesa para discutir o tema com o público


Por Altair Silva


A segunda edição da Gibicon - Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba contou com o lançamento, no dia 4, de um gibi que estimula o combate ao bullying nas escolas. A ideia foi criada colocada em prática pelos chargistas Rafael Camargo, Rafael Bonfim, Kleber Santos e Paco Steinberg, que falaram sobre a importância de trabalhar o tema nas escolas durante a celebração.

Na mesa de debate, os autores discorreram sobre o assunto que tem sido bastante discutido nas escolas e na mídia. Na visão dos palestrantes, o bullying pode causar traumas e problemas psicológicos numa pessoa para uma vida inteira. O gibi mostra uma história em que a vítima tem dificuldades nas escola e isso acaba afetando no seu dia a dia e no seu comportamento em geral, isolando-o dos amigos e dos seus próprios pais. A resolução ao problema aparece quando ele resolve contar tudo para os seus pais.

O projeto visa levar a importância de os alunos ajudarem no combate, através depoimentos para os pais, professores, pedagogos e direção das escolas. De acordo com os chargistas, os que testemunham essa prática não devem participar e também têm como dever comunicar a escola do ocorrido.

Estavam presentes no evento pessoas iniciantes no ramo dos quadrinhos, como a catarinense Vanessa Bencz, 30, que é de Joinville e vai lançar um gibi que apresenta uma personagem que sofre com o olhar da sociedade, que a julga estranha. “A minha cidade tem poucos trabalhos sobre isso, então meu projeto é lançar esse trabalho e mostrar os valores de pessoas como a personagem criada”, diz Vanessa.

Para Rafael Bonfim, o bullyng acontece com crianças vulneráveis, que acabam sendo mais “frágeis” e viram alvo das brincadeiras ofensivas, e essa prática acontece com a participação de várias pessoas, nunca de uma única. Geralmente é com participação coletiva de alunos que tiram sarro da vítima.