Palestra com os quadrinistas Carlos Magno e Daryl Gregory discute HQ baseada na série de filmes protagonizada por símios. Projeto foi financiado pela editora norte-americana Boom! Studios. Mediação foi do especialista no tema Saulo Adami
Texto e fotos de Natália Bruckner
“Humano bom é humano
morto”. Com a frase levada ao extremo da filosofia hobbesiana que o
jornalista e escritor Saulo Adami abriu o bate-papo Planeta dos
Macacos – De Charlton Heston à Computação Gráfica, com
Carlos Magno. O artista é o criador da mais nova homenagem à
franquia cinematográfica símia em forma de HQ. O evento ocorreu às
14h da sexta-feira (05), como parte do circuito de palestras da 2ª
edição da Gibicon - Convenção Internacional de Quadrinhos de
Curitiba, sediada no Portão Cultural.
A frase acima pode não
ser um pensamento sincero de Adami, porém é quase o título Humano
Bom é Aquele Que Está Morto (1996), sua obra em quadrinhos
inspirada em Planeta dos Macacos. O livro o levou para a StarCom, uma
convenção nos Estados Unidos apinhada de entusiastas da série
StarTrek, além de produtores, diretores, roteiristas e atores de
diversos outros filmes e séries de sci-fi, incluindo e equipe da
legendária série que fez a macacada dominar o universo.
Capa da HQ. |
Seu livro seguinte,
Diários de Hollywood: Um Brasileiro no Planeta dos Macacos (2008),
Adami relata sua viagem para Los Angeles em 1999, quando deu de cara
com John Chambers, o maquiador responsável por transformar humanos
em símios. Na ocasião, o brasileiro usou as maquiagens e os
figurinos originais de Cornelius e Ceasar em quatro dos cinco filmes
da saga. Além disso, experimentou ser Gallen, personagem da série
te televisão homônima. Todos esses personagens foram interpretados
por Roddy MacDowell.
Quadrinhos
A relação com a saga
fez com que Magno investisse em uma história em quadrinhos sobre o
universo dominado por chimpanzés, gorilas e orangotangos. Ao lado de
Daryl Gregory, ele criou em 2010 uma série de Hqs pela editora
californiana BOOM! Studios, inspirado no roteiro dos filmes. Ao todo,
foram 16 edições.
Unindo a fotografia com
a admiração pelo universo HQ, Johanna do Carmo veio para brincar em
serviço. A fotógrafa que transitava de um lado para outro em busca
de ângulos para clicar a mesa dos debates, compareceu ao Gibicon a
trabalho, e também a serviço da sua adoração pelos quadrinhos.
“Fui na Gibicon do ano retrasado e desde então não perco mais
nenhuma edição. É uma oportunidade de estar perto dos artistas que
admiro”. Na mochila cheia de volumes, revistas em quadrinhos foram
levadas até lá para serem autografas pelos seus respectivos
autores.
A fotógrafa Johanna do Carmo registra a palestra no meio da plateia. |
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